
(continuação dos posts "O Vulto" e "Apenas um mero sonho")
Aquela pedra surgiu do nada. Apareceu no meio do caminho e ela não estava preparada. Tropeçou e caiu. Feriu-se e sangrou. Chorou com a dor. Perguntou porquê. Olhou para cima em busca de ajuda, mas não a encontrou.
Estava ali sozinha, mais uma vez.
Uma dor ainda mais profunda que a anterior atingiu-a, o chão fugiu-lhe dos pés e a queda foi maior que a anterior. Chorou de novo com aquele ferimento, chorou de novo por ter perdido a sua salvação, chorou de novo por querer voltar atrás, chorou de novo por saber que se encontrava de novo sozinha. No meio daquela queda ela não perdeu muita coisa, mas o que perdeu era importante. O sorriso. Perdeu-o de novo.
"Será que alguma vez o vou ter como o tive?", pergunta ela no meio das lágrimas. Grita ao céus, na ansia de ser ouvida. Grita com fúria, com raiva, com medo e com tristeza. Grita com a fé que alguém a ouça e veja que ela é alguém e como alguém, merece ser feliz. Mas depois de todos os seus gritos cessarem, ela espera por uma resposta, mas a única coisa que ela recebe é silêncio. Nem uma voz se ouve, aqueles de quem ela espera a resposta calaram-se, talvez por não saberem o que dizer ou por não terem resposta. A dor é insuportável, cada segundo que passa a dor torna-se mais aguda e alastra-se com mais rapidez, tudo permanece em silêncio, apenas se ouve uma aragem de vento que lhe toca os cabelos como uma mão a dizer-lhe "força", apenas se ouve o bater do coração dela que lhe quer dizer "ainda estás viva".
Não era a resposta que ela queria, mas foi a necessária para ela limpar as lágrimas e se levantar. Como outrora fizera, olhou o caminho que a esperava, desta vez ela não o conseguia ver. Quis olhar para trás, mas sabia que só ia encontrar o que ela não precisava naquele momento, um pedaço de perdição, uma gota de álcool para o seu alcoolismo próprio, outra dose para o seu vício particular. Fechou os olhos com força e deu um passo em frente, quis calar a sua mente e o seu coração que queria cair nas mãos daquele seu ópio. Calou as perguntas, as possibilidades e o sonho daquela perfeição que lhe parecia tão óbvia. Voltar atrás de nada lhe servia. Estava tudo feito. Com um esforço que não sabe de onde veio, talvez a necessidade da sua preservação, pensou:
"O que estiver para vir virá, as pedras que tiverem que aparecer aparecerão, cair será inevitável e levantar será necessário. Sozinha ou acompanhada o caminho espera-me, não vou desistir."
E ela assim fez, fechou os olhos e sem querer saber se a chuva parava ou continuava, ou da ferida aberta seguiu por aquele caminho incerto.
5 comentários:
ta bonito (: e deprimente!! D:
oh my good
ta taum lindoo
..
tu keres e por.m a xorar xD
ta lindo lindo lindo
fã nº1 !! *.*
adrt =D
bem nao sei que diga.... se calhar este tambem nao é o momento indicado para fazer comentarios a textos tao bonitos, sentimentalistas, que nos tocam cá no fundo e nos fazem pensar bem naquilo que queremos da nossa vida... a ti desejo que continues a escrever estes belos textos, pois farão muito sentido na cabeça de alguns, na minha fazeme muito... continua
beijinhos
gostei :]
Adorei :)
Escrever mesmo mesmo bem ^^
Beijinho
Enviar um comentário